A taça de vinho tinto estava sobre a mesa arrumada com velas
e flores, olhava para o relógio sem parar, ele não costumava atrasar-se, pelo
contrário, sempre chegava antes do horário combinado
O relógio marcava 22:00 horas, mas o jantar era para as
21:00 horas, estava atrasado demais, inquieta ligou várias vezes para o celular
dele, mas estava na caixa postal.
Mil coisas passaram pela sua cabeça, ele poderia ter
desistido do relacionamento de cinco anos e estava criando coragem para lhe
contar, ele poderia estar num bar qualquer com os amigos e havia se esquecido
do jantar, ele poderia estar nos braços de outra, ele poderia ter dormido,
afinal sempre chegava exausto do trabalho, o carro dele poderia ter quebrado em
qualquer esquina, mas o último pensamento fez seu coração disparar, ele poderia
ter sofrido um acidente, poderia estar machucado ou até mesmo morto.
Meu Deus! pensava apavorada, meu namorado pode estar morto,
tenho que fazer alguma coisa. Tremendo foi até o quarto e pegou sua bolsa, iria
atrás dele a qualquer custo, provavelmente sua sogra poderia lhe informar
melhor alguns detalhes, como a hora em que havia saído de casa e a roupa que
estava vestindo.
Ao abrir a porta da sala para sua surpresa lá estava ele,
sorrindo com um buquê de rosas vermelhas nas mãos, ela puxou-o para dentro,
bateu a porta com toda força, jogou o as rosas no sofá e começou a interroga-lo
como se fosse um agente do FBI.
Ela brigou, brigou, e brigou, dizia que ele não tinha consideração
por ela, que havia passado horas no fogão cozinhando pra ele, que ele não a
merecia, que ele não cuidava dela, que ele não se importava com ela, que ele não
dava a mínima para aquele relacionamento, que ele era imaturo, insensível, e egoísta.
Ele olhava-a perplexo, mesmo assim não abria a boca, depois que ela disse tudo
o que tinha para dizer, ele pegou em suas mãos e disse que havia se atrasado
porque estava escolhendo as alianças, enquanto ela observava ele abrir a
caixinha que estava em suas mãos, ficou vermelha e sem graça, quando ele lhe pediu em casamento.
Ela ria e chorava ao mesmo tempo, ele sabia que ela era
extremamente impulsiva e ela sabia que ele era extremamente paciente e calmo,
trocaram juras de amor e ela disse sim.
Enquanto saboreavam o jantar, ela disse espontaneamente
olhando para a aliança que estava no dedo direito:
-Amor até gostei da aliança, mas demorou tanto para escolher
esta daqui, gigantesca muito larga, parece até um pneu de caminhão, será que não
tem um outro modelo mais delicado?
Ele levantou-se, tirou a aliança do dedo dela e colocou de
volta na caixinha, seguiu em direção a porta da sala, abriu-a e disse-lhe
calmamente:
- Não se preocupe querida, acho mais delicado seu dedo sem
nada, amanha mesmo as devolverei, e claro, com o dinheiro que paguei vou fazer
aquele intercâmbio de quatro meses no Canadá.
Fechou a porta e saiu calmamente....

É um prazer estar aqui de volta, tudo continua perfeito.
ResponderExcluirBom dia Vanessa!
beijooo.
Uauuu que soco na cara dela heim......Pneu.....
ResponderExcluirO mini conto é maravilhoso e triste mas gostei
ela mereceu não esperou ele explicar o que aconteceu
É assim mesmo amei
Abraços com carinho!
└──●► *Rita!!
pois é.
ResponderExcluirpode ser ficção, mas até podia ser real.
gostei muito de ler, pois o fim foi completamente imprevisível, como eu gosto.
beijo
:)
Havia lido pelo face achei que tinha postado mas não me desculpe, rsrs achei o final surpreendente.
ResponderExcluirQue mulher mais chata nada está bom affff, ainda bem que ele tomou uma atitude.
Gosteiiiiii..rs